segunda-feira, 29 de março de 2010

Crente, gospel e outros rótulos - parte 2


(foto que eu tirei do Anberlin)

Esse post é apenas uma confirmação do outro com um tom mais alegre.
Como muitos já sabem, essa semana foi terrível para mim e ontem teve o show do anbelin, que me deu uma esperança no coração.
Foi um show incrível, cheio de paixão, emoções, sonhos se concretizando, e especialmente para mim, uma oportunidade.

O show estava cheio e sei que grande parte dali não era cristão.  E dai?

Uma das músicas que tocaram e que, acredito, foi uma das mais legais:
"Noites de Agosto
Trazem avisos solenes
Lembrando para dar um beijo de boa noite naqueles que você ama
Você nunca sabe o que dias profanos podem trazer
Portanto ria, ame, viva livre e cante
Quando a vida é discórdia
Louve ao Senhor"
( Paperthin Hymn - Anberlin)
Nesse momento a plateia inteira e o vocal (Stephen) apontaram para os céus. As pessoas entenderam? Talvez. Alguém que acabava de conhecer Anberlin pode pensar um pouco melhor dos cristãos? Talvez. E isso não interessante?

Esse sentimento que cristãos podem - e devem - estar no meio da multidão é o que mais toca. Eles podiam ser a banda mais legal do mundo, mas esse sentimento poucas bandas trazem.

Em Maio, em São Paulo, haverá show do Leeland (dia 22 e 23) no Livres para Adorar. Eu amo Leeland, mas sabe de uma coisa? Estarei no meio de cristãos. Eu não verei pessoas não crentes apontando para o céu. Será o gospel bonito, mas onde Cristo não estaria nos dias que ele estava na Terra.

Ver pessoas com blusa do Anberlin e saber que não são cristãos sinto que chegamos aonde deveriamos chegar. Ser e não simplesmente aparentar, levantar a mãozinha na adoração e voltar ao gueto gospel.

Não é, claro, só na música. Isso aconteceu com o livro "A cabana". É um livro obviamente cristão, mas muitos leram mesmo assim. E isso acontece, obviamente quando as pessoas nos veem de forma diferenciada.

Sábado me encontrei com amigas e chegamos a esse tema. Era eu cristã. uma amiga atéia e uma amiga que acredito ser agnóstica. Todas concordaram que forçar por modo de igreja, quase que manipulado, não chega na cabeça de quem quer entender. Isso só chega nas pessoas que já estão no meio. Por que? Porque cristianismo não é produto que vai ser vendido e depois que comprou, satisfez o vendedor. Cristianismo é amar aquilo que adquiriu por Cristo. Entender, respeitar o outro, se meter no secular com simplicidade e amor. Nas pequenas coisas. Nas pessoas letras.

Como um grão de mostarda. Achamos um pequeno gesto de fé e amanhã faremos um mundo melhor.

Beijos e orações.

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