terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

A fé e a gula

Estou de volta! E eu venho prevendo grandes coisas para esse blog. Durante o acampamento que fui anotei diversos textos Bíblicos que eu irei escrever. Dessa vez é sério. Hoje mesmo botarei no papel umas 3 mensagens que eu consegui. Escreverei agora só um pensamento que eu fiz nesse tempo. Irei no futuro falar de Noé, Maria (coincidência com uma pregação do acampamento), pegarei o video do Mv falando sobre família (incrível) , sobre os nossos guias espirituais e tantas coisas que Deus andou falando e, milagrosamente, estou conseguindo escrever! Nada melhor do que andar com um caderno para cima e para baixo e mandar todo mundo ficar quieto : "Para tudo que eu não posso deixar essa idéia passar"

Agora chega de baboseiras. Eu falo demais.

"Não vos deixeis envolver por doutrinas várias e estranhas, porquanto o que vale é estar o coração confirmado com graça e não com alimentos, pois nunca tievarm proveito os que com isto se preocupam." Hebreus 13.9

Quando eu li esse texto sozinha lembrei de Agostinho. Ele era maniqueista e isso o fez demorar ter uma concepção muito própria de Deus. Ele tentava encaixar aquilo que ensinavam para ele de religião com aquilo que ele se interessava entre o bem e o mal.

E quando eu comecei a ler Hebreus, senti que o escritor tem uma forma, como posso dizer, ligação com a pessoa de Cristo e como a fé a liga.  Você percebe isso claramente quando lê o texto mais famoso de Hebreus que é o capítulo 11, especialmente os primeiros versículos:

"Ora, a fé é a certeza de cousas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem. Pois, pela fé, os antigos obtiveram bom testemunho. Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem." Hebreus 11. 1-3
Mas a grande questão é: a fé pode ser formada em qualquer doutrina?

Isso pode parecer uma idéia muito teológica, mas é profundamente de amor. Não pode.
A fé tem ligação direta com a graça. E eu questionei durante muito tempo a possibilidade de ter religiões sinceras que pudessem ter um toque de Deus. Vejo que hoje nem o catolicismo e o protestantismo as possui.

Acedito que o sentimento que se cria nas religiões não se pode dizer que são diversas formas de fé, e sim diversas formas de crenças. A fé se liga a graça e ela salva. Ela muda completamente o que se pensava anteriormente a apenas pensar naquilo que Deus espera para você. É um sentimento de esperança. Porém, hoje em dia há uma idéia de que religiões diversas podem ter boas filosofias e isso pode salvar. O "amor" sozinho não salva. O desejo de bondade aos outros não salva. O desejo de paz não salva. E acreditar (por isso crença) nessas coisas não leva alguém a largar tudo para ser uma nova pessoa. E se ocorre, não é por fé, mas por desejo próprio.

Outra questão que me trouxe tais versículos, especialmente o primeiro e central é: Qual a diferença entre buscar mais e se tornar um "guloso espiritual' e se "alimentar espiritualmente"?

Pode até pensar: O que isso tem a ver com a fé descrita anteriormente? Observe, se a fé nos aproxima da pessoa de Cristo e vice versa isso define tudo aquilo que é gulsa espiritual e o que é alimento espiritual.

Vou falar mais bonitinho. Gula espiritual seria algo como alguém que busca demasiadamente teologia e fica fria com Deus. O alimento espiritual é como uma pessoa que busca espiritualmente e se torna uma pessoa mais próxima de Deus.

Lendo novamente o texto de Hebreus 11.9, a primeira coisa que se deve observar é que a base de não absorver friamente é a graça. E a graça vem pela fé e vice versa novamente. Isto é, o desejo de Deus de te abrir as portas do céus e te dizer o quanto necessita crescer e aprender mais sobre ele. Não é idéia nossa que fará nossa fé ou nosso conhecimento mais profundo. Só aceitando o amor dele como unico motivo de f´que é possivel algo não se tornar gordura na sua vida e sim nutriente.

Outra coisa importante a se observar é que aqueles que querem se encher de teorias, acreditar em várias coisas para ficar "rico" em ideia muitas vezes não tem proveito nenhum. O que amamos é algo tão simples. É um Deus. Foi um homem-divino que veio a terra e aquilo que ele fez.

Eu tento falar isso para mim mesma sempre. Eu não preciso aprender teologia. Eu vou para faculdade de teologia, por exemplo, mas sei que isso pode me trazer muito mais gordura espiritual que nutriente. isto é questão de como você quer que Deus se relacione com seu conhecimento. Você quer porque deseja "saber mais e poder discutir com muito poder" ou porque "isso te fará compreender aquele que te amou"?

Não é necessário fugir para doutrinas estranhas para se turgir de baboseiras sobre Deus.  Tudo aquilo que é um excesso inútil nos deixa como pedra e impede que a mensagem verdadeira passe.

Amor que não tem fim não possui texto que explique.


Nos veremos em breve. Estarei escrevendo ainda essa semana.
Beijos e orações

2 comentários:

  1. Tenho aprendido coisas boas sobre esse mesmo assunto, gostaria de compartilhá-las...

    1- Crescer no Conhecimento só é válido se a gente cresce na graça também.

    2- Todo conhecimento tem que passar por esse filtro: A letra mata, mas o Espírito vivifica.

    3- Conhecimento tem que vir acompanhado de zelo pra levar esse conhecimento para a Prática.

    Não adianta sair num ativismo/amor/obras sociais se não tiver o evangelho de Cristo como fundamento.

    O pão/a água mata uma fome/sede que volta, mas o Pão vivo que desceu do céu e a água viva que Ele dá saciam para sempre !

    um abraço.

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  2. Penso que todo conhecimento bíblico/teológico tem que passar por Jesus. Se algo não tem "a cara de Cristo" é história, serve de gordura, não é musculo, não é sangue, nem mesmo osso, não sustenta. Bela tese.
    W

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